Concentraçom
A Lei Orgânica de Melhora da Qualidade Educativa foi aprovada em novembro de 2013, trás ser apoiada no Congresso única e exclusivamente polo Partido Popular. Entre este curso e o passado, o 2015-2016, já começamos a experimentar vários dos câmbios que supom esta lei, entre os que destacam as reválidas: umhas provas realizadas ao final de cada etapa educativa e que determinam, no caso da ESO e do Bacharelato, a obtençom do título.
Na Galiza, a LOMQE atopou-se desde o primeiro intre com a oposiçom frontal do professorado, as famílias e o estudantado, sendo combatida en multitudinárias greves estudantis. Ademais, nas reválidas de Primária do curso passado, Galiza foi, com um 80% de abstençom, o território do Estado espanhol que mais se opuxo à LOMQE, ainda que esta insubmissom nom fosse acompanhada pola Junta de Galiza.
Porém, a informaçom que se nos proporciona ao coletivo que mais imos sofrer esta lei, as estudantes, é mui deficiente e incompleta. Por isso, desde Erguer. Estudantes da Galiza queremos debulhar ponto por ponto esta lei elitista, machista, liquidadora de oportunidades, antipedagógica, galegófoba, confessional e incerta que se nos impom sem contar com a nossa opiniom sobre a mesma.
A LOMQE incentiva as ajudas aos centros privados. De feito, já é algo que começamos a sofrer neste curso 2016-2017, que arranca com 84 unidades educativas públicas menos e 38 privadas mais, ademais dos múltiplos recortes de professorado e orçamentos.
Pom contínuas barreiras seletivas ao alunado, como som as reválidas, que limitam as nossas opçons de estudos e que som especialmente críticas para o alunado com necessidades específicas na aprendizagem.
Ao fim e ao cabo, a LOMQE tem como resultado que só umha elite poida aceder aos ensinos superiores.
Muitos dos centros privados e concertados subvencionados polo Estado segregam por questom de género.
Elimina-se a competência básica da Educaçom Primária reconhecida pola LOE de educar-nos prestando especial atençom à igualdade entre géneros.
Temos que eleger já em 3º da ESO se queremos estudar dous anos depois umha FP ou o Bacharelato, ficando 4º da ESO como un curso orientativo para esses estudos escolhidos. Esta decisom a tam temperã idade nom fai mais que fechar-nos portas e fazer, de novo, que as filhas de trabalhadoras optemos pola opçom de menor custo económico.
Ainda que aprovemos todos os cursos da Secundária, se nom aprovamos a reválida de 4º ficamos com a única opçom de esperar um ano para repeti-la ou retroceder no sistema à FP Básica (opçom educativa equivalente de 3º e 4º, que já os cursamos). Ademais, se tivéssemos repetido algum curso antes de realizar esta reválida, a única opçom possível é o abandono escolar, já que a FP Básica tem fixada unha idade máxima para começá-la de 16 anos, idade com a que rematamos 4º da ESO sem ter repetido nengum curso. Precisamente tem esta idade máxima fixada porque está pensada para alunado com dificuldades para rematar a Secundária, como alternativa aos dous últimos cursos da ESO, e nom como continuaçom dos mesmos.
Se aprovamos o Bacharelato mas suspendemos a reválida de 2º, só podemos aguardar a repeti-la ou fazer umha FP de Grau Médio, equivalente aos anos de Bacharelato já cursados.
Já que a reválida de Bacharelato tem como funçom principal decidir se recebemos ou nom o título, deveremos realizar a maiores provas próprias de cada Universidade à que queiramos ter a possibilidade de aceder. Umha complicaçom acrescentada em custos económicos e em opçons para optar a aceder a Universidades doutros pontos do Estado, já que semelha impossível que as datas das provas de todas as Universidades sejam compatíveis.
O galego contará com menos horas letivas pola ampliaçom de horas em matérias como Matemáticas, que está proibido imparti-la no nosso idioma, em detrimento doutras como Ciências Naturais, que sim se impartem em galego.
A LOMQE impide que conheçamos a nossa própria história e cultura ao devolver ao Estado as competências de contidos que pertenciam à Junta. Corresponde ao governo do Estado a responsabilidade sobre o conteúdo das matérias troncais, assim como determinar os critérios de avaliaçom e as características das reválidas. No caso da de ESO e Bacharelato, também lhe corresponde desenhar o conteúdo das provas em cada convocatória. Quanto aos critérios de avaliaçom durante o curso, as Administraçons autonómicas nom poden fixar os das matérias troncais nem específicas, tam só os das matérias denominadas ‘de livre configuraçom autonómica’.
Entre estas matérias de livre configuraçom autonómica inclue-se o Galego, e corresponde à Junta fixar um mínimo de horas para o conjunto de matérias de livre configuraçom autonómica. Porém, os centros contam com a liberdade de incluir neste grupo outras matérias, como específicas nom cursadas ou matérias de reforço das troncais. Se estas matérias som engadidas, o número de horas destinado às matérias de livre configuraçom autonómica sae a repartir entre mais, quedando o Galego com menos horas letivas.
Com a LOE, existia a possibilidade de que o alunado que se incorporasse por primeira vez ao sistema educativo galego e chegasse do último ciclo de Primária em diante ficasse exento de examinar-se em galego. Com a LOMQE, pode ficar também exento de cursá-lo. Onde se viu que umha criança que chegue a um país nom aprenda a língua do mesmo?
A matéria de Religiom começará a computar para a media, o que obriga implicitamente as estudantes a escolhê-la frente a outras matérias alternativas à mesma.
O alunado que tem a matéria de Religiom, habitualmente avaliada com notas altas a nível geral, conta com umha nota alta mais na sua média que aquelas que nom cursam Religiom, tendo polo tanto mais possibilidades à hora de aceder a umha carreira e mesmo a Bolsas e ajudas.
A LOMCE aplica-se neste curso 2016-2017 sem que ainda saibamos mui bem como nos vai afetar no nosso futuro académico. Desconhecemos os critérios de avaliaçom, o modelo das provas, que matérias nos ponderarám para as diferentes carreiras e mesmo de que matérias teremos que examinar-nos, já que a LOMQE contempla que entrem nom só os conteúdos de 2º de Bacharelato, mas também alguns de 1º.
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